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Portugal investirá para expandir idioma

 

Portugal investirá para expandir idioma

Medida será anunciada hoje na reunião da Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Leonencio Nossa, LISBOA

 

O governo de Portugal anuncia hoje um plano de expansão do ensino da língua portuguesa no mundo com investimentos de ? 30 milhões. A proposta será apresentada no sétimo encontro de chefes de Estado dos oito países que falam português, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de líderes de Angola, Timor Leste, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Depois de 12 anos sem mostrar resultados práticos, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) anunciará ainda, durante a reunião que começa por volta de 9 horas, 5 horas em Brasília, um acordo que permitirá aos seus cidadãos recorrer a consulados e embaixadas de qualquer país do bloco. Um cidadão angolano poderá usar os serviços do consulado de Portugal em Paris, por exemplo. Lula e os demais chefes de Estado também discutem o combate à Aids, a falta de alimentos e a criação na cidade de Redenção, no Ceará, de uma universidade voltada especialmente para jovens africanos.

O encontro da CPLP ocorrerá no Centro Cultural de Belém, a poucos metros do Mosteiro dos Jerônimos. O mosteiro será palco da festa de entrega do Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa que, nesta edição, coube ao romancista português António Lobo Antunes.

O argumento do governo de Portugal de levar à frente um plano de remodelação do Instituto Camões, orçado em ? 30 milhões, é a maior presença no mercado do Brasil. Diplomatas brasileiros observam que o idioma é a única coisa que aproxima nações que seguiram caminhos tão diversos nos últimos séculos. Cada uma delas tenta tirar vantagens por usar uma língua que não é falada em nenhum país do G-8, grupo das nações mais ricas. Portugal vem ampliando o intercâmbio comercial com o Brasil. Já o governo brasileiro trabalha na melhoria das relações diplomáticas em países africanos que falam o idioma, atendendo a interesses da Petrobrás e da Vale, que têm investimentos na região.
FONTE ESTADO DE SP, 25 DE JULHO DE 2008 

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