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Soneto 116 SHAKESPEARE - tradução GERALDO CARNEIRO

Soneto 116

Não tenha eu restrições ao casamento

De almas sinceras, pois não é amor

O amor que muda ao sabor do momento,

Ou se move e remove em desamor.

Oh, não, o amor é marca mais constante

Que enfrenta a tempestade e não balança,

É a estrela-guia dos barcos errantes,

Cujo valor lá no alto não se alcança.

O amor não é o bufão do Tempo, embora

Sua foice vá ceifando a face a fundo.

O amor não muda com o passar das horas,

Mas se sustenta até o final do mundo.

Se é engano meu, e assim provado for,

Nunca escrevi, ninguém jamais amou.

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Let me not to the marriage of true minds

Admit impediments: love is not love

Which alters and it alteration finds

Or bends with the remover to remove.

O, no! It is an ever-fixed mark,

That looks on tempests and is never shaken,

It is the star to every wandering bark,

Whose whort's unknown, although his heith be

/taken;

Love's not Time's fool, though rosy lips and

/cheeks

Within his bending sickle's compass come;

Love alters not withi his brief hours and weeks

But bears it out even to the edge os doom;

If this be error, and upon me proved,

I never writ, nor no man ever loved.

5 comentários:

Naiana P. de Freitas disse...

Gostei do blog..estava procurando o soneto 16 de William Shakespeare!!
A tradução do 116, legal!
:)

conduarte disse...

Maravilhoso! Shakespeare e Geraldo Carneiro. O casamento? ahahah esse sim, é difícil, mas existe sim!

Rommel Bandeira disse...

Espetáculo a tradução.

Unknown disse...

Que tradução linda! Parabéns!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.